Salve leitor.
Dia desses falávamos aqui sobre cenários e a importância destes para compor um campo de batalha visualmente atrativo e que contribuísse para a narrativa do jogo.
Sempre gostei de mesas com diversos cenários, na verdade quanto mais melhor, o que sempre gerou protestos por parte de meus adversários mais habituais que ao final da distribuição dos terrenos sobre a mesa invariavelmente disparavam um “Mas não tem muito cenário nessa mesa não?”, ainda que o grande número de cenários militasse em favor dos mesmos bloqueando todas as minhas linhas de tiro. C’est la vie… tem gente que só reclama mesmo.
Com o tempo minha escolha por cenários passou a ser direcionada para aqueles que complementasse os armies que tenho, ajudando assim a contar uma estória em cada partida em que eles atuassem.
Já há um certo tempo eu tencionava criar uma mesa “Alien” com cenários que evocassem um mundo alienígena, mas precisamente um mundo sendo consumido pelos alienígenas “Alien” do universo do Warhammer 40K: Os Tyranids.
Como já tinha dito aqui, os Tyranids são uma das maiores ameaças ao império do homem no universo do 40K, uma raça de alienígenas insetóides (claramente inspirada nos aliens da serie de filmes iniciado com “Alien o 8º passageiro”) semi-conscientes, guiados pela tirânica consciência coletiva conhecida como Hive Mind, o objetivo desta raça é consumir toda a biomassa dos planetas que ataca, criando assim novos organismos e seguindo em frente, eventualmente consumindo toda a galáxia (para saber mais sobre esse processo confira o link).
Meu intuito era assim representar com cenários esse processo em que a biomassa do planeta é consumida, prédios, veículos, corpos, nada é deixado para trás sendo integralmente assimilado pelos Tyranids.
Com essa idéia na cabeça, e reconhecendo que meu forte não é construir cenários, comissionei os serviços do amigo, e “mestre engenheiro cenarista anão”, Geraldo para que ele construísse para mim tais cenários.
Os cenários eventualmente ficaram prontos porém tiveram de amargar quase dois longos anos sem que fosse pintados em virtude de números outros projetos que ganharam prioridade sobre os terrenos, mas, finalmente, essa espera acabou.
Com o feriadão do carnaval e a visita de mão de obra extra, também conhecido como Ivan o “Terrível”(hehehehe), resolvi pegar firme nos cenários e terminar a empreitada de uma vez, já que ficar usando os terrenos sem pintura não tinha a menor graça como mostram as fotos a seguir:
Com algumas alterações menores no trabalho original do Geraldo o resultado final pode ser conferido nas fotos a seguir (para ver todas as fotos não deixe de conferir a galeria de fotos "Scenery pieces" aqui no blog):
Todas as bases foram pintadas seguindo a mesma receita básica com camadas sucessivas de drybrush utilizando-se as seguintes cores: roxo; vermelho escuro; vermelho claro; cor de pele escura e por fim uma cor de pele mais clara (Royal Purple; Red Gore; Blood Red; Dwarf Flesh e Elf Flesh).
Finalizada a pintura foi aplicada uma camada de water effects da GW com tinta vermelha e marrom adicionadas para emular sangue. Essa mistura foi aplicada sobre todas as partes “orgânicas” dos cenários e derramada generosamente ao redor do rhino ultramarine para criar a digestion pool.
Fico no aguardo dos comentários e até a próxima.