Hello Reader.
Today’s article is the Portuguese version of the article published here on the blog yesterday, featuring our visit to the Games Workshop store located in Bath in the UK.
Do check it out today if you missed it by any reason.
Over and out.
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Salve Leitor!
Com o artigo de hoje fazemos uma breve pausa na sequência de artigos da série “Visiting Britain’s Lead Belt”, deixando Nottingham por hora e visitando outra localidade da Inglaterra.
Uma das coisas que aprendi ao longo dos últimos 10 anos é dar valor as pequenas coisas do cotidiano, que às vezes nem notamos e temos como certas, até o momento em que nos vemos privados delas. Um bom pãozinho francês (sem ser aqueles cheios de vento ou esfarelentos), um picolé ou sorvete de boa qualidade para apreciar no final do dia, ou ainda um pacotinho de batatas fritas (não é surpresa eu ser gordo não é?).
E qual o motivo de eu estar falando disso? Teria eu acordado poético? Esqueci que esse é um blog sobre hobby? Na verdade não, eu garanto que tem a ver.
Se você acompanha o The Painting Frog há algum tempo, ou se acabou de chegar até aqui através do Google ou do Facebook, existem grandes chances de você já ser um iniciado no hobby dos wargames e de pintura e colecionismo de miniaturas, ou ainda você acabou de se interessar por ele e está pesquisando sobre o assunto. Bom, de uma maneira ou de outra você já deve estar familiarizado com a triste realidade desses hobbies no Brasil, que é a dificuldade de encontrar suprimentos para ele, e não eu não estou falando só dos modelos em si, mas de coisas básicas como tintas e pincéis de boa qualidade.
Quando o hobbyista lá fora se vê surpreendido pelo fim de um pote de tinta, e dependendo de quão fissurado ele esteja para terminar o que quer que esteja pintando, conseguir um pote para repor a tinta que terminou depende única e tão somente da preguiça dele em sair de casa e ir até a loja de hobby mais próxima da casa dele.
É, é simples assim. Enquanto isso, nós aqui no Brasil somos submetidos a costumeira via sacra de encomendar lá fora, pagar o frete frequentemente caro, aguardar o envio, aguardar o tempo do transporte, aguardar o tempo de liberação pela Receita, aguardar a boa vontade dos Correios, estremecer quando um pacote desaparece no meio da burocracia, respirar aliviado quando ele reaparece, ficar triste quando ele é tributado, celebrar quando ele é liberado sem tributo e ao final gritar “É TETRA! É TETRA!” quando o carteiro deixa o pacote na sua casa. Tudo isso para conseguir algo essencial, tinta.

Mais ou menos isso!
Assim, pode ser estranho para o leitor gringo do blog assistir ao vídeo desse post, sem entender a aparente excitação por algo que para ele é trivial, visitar uma loja de hobby, mas tenho certeza que você aqui no Brasil vai entender, e empatizar comigo, mas eu estou me adiantando. Voltemos ao assunto de hoje.
Se você está acompanhando a série “Visiting Britain’s Lead Belt” já sabe que visitei a Inglaterra em janeiro de 2014 e tirei proveito da viagem para produzir conteúdo aqui pro blog, em especial visitando algumas companhias do ramo dos wargames e miniaturas estabelecidas na cidade de Nottingham (se ainda não leu, confira o primeiro artigo da série aqui, onde explico melhor essa história).
Porém não visitei somente Nottingham, então hoje a gente deixa um pouco essa cidade de lado e vamos falar um pouco sobre Bath. Pode ser que você já tenha ouvido falar dessa cidade já que ela é relativamente famosa e considerada patrimônio mundial pela Unesco (World Heritage Site). Localizada no condado de Somerset no sudoeste da Inglaterra, a cidade de Bath foi fundada pelos Romanos (em algum momento do século 1 depois de Cristo) que usavam as fontes de água aquecida naturais da cidade como um SPA termal, e nomearam a cidade “Aquae Sulis” (o nome pode ser traduzido como “águas de Sulis” em referência a deusa Sulis Minerva venerada pelos Romanos na cidade).

Os Banhos Romanos vistos a partir do pavimento superior. As águas que abastecem as termas são consideradas impróprias para o banho hoje em dia (a coloração esverdeada seria resultado da proliferação de bactérias), mas já viram muito uso ao longo dos séculos.

A Cabeça da Górgona. Uma das relíquias romanas que compõe o acervo dos Banhos Romanos. A escultura seria uma representação da cabeça da Górgona, uma criatura mítica abatida pelo herói grego Perseus com a ajuda da deusa Atena (contraparte grega da mesma Sulis Minerva venerada em Bath pelos Romanos). Outros estudiosos acreditam tratar-se de uma efígie de uma divindade relacionada à água, tendo semelhança com outras representações de deuses da água da Grã-Bretanha.
Posteriormente renomeada para Bath, a cidade é hoje um importante polo turístico na Inglaterra recebendo 3.8 milhões de visitantes anualmente. “Tá bom, mas qual a relação de Bath com os wargames?”, calma que estou chegando lá. Fui visitar a cidade justamente por conta dos Banhos Romanos e suas demais atrações históricas, mas aproveitei o passeio para dar uma esticada até a loja local da Games Workshop, registrando a experiência em vídeo para compartilhar com vocês.
Sem mais delongas, vamos ao vídeo:
E ai? Curtiu? É mesmo uma realidade muito diferente da noassa qui no Brasil não? Eu ainda me lembro da sensação ao entrar pela primeira vez em uma loja de hobby, com um enorme display de miniaturas (na HB brinquedos em Brasília lá pelos idos de 1995), e essa sensação de fascínio misturada com alegria é a mesma que tenho ainda hoje, ao visitar uma hobby store, ou uma Games Workshop lá fora. A gente NUNCA sabe o que vai ver por lá.
Tendo dito isso acho importante relatar uma constatação sobre as lojas GW. 10 anos atrás, quando pude visitar algumas delas pela primeira vez, cada loja era verdadeiramente única. Modelos distintos adornavam as vitrines de exibição nas lojas e os conjuntos de cenários/mesas de cada uma delas era único, porém, nesta mais recente visita achei as lojas mais homogeneizadas entre si, todas com as mesmas mesas (as Realm of Battle boards), cenários e nas vitrines, praticamente só os modelos mais recentes.
Por isso mesmo, me chamou muito a atenção a qualidade dos modelos exibidos na GW-Bath. O vídeo mostra um pouco e também tenho algumas fotos pra compartilhar, mas as condições não eram, infelizmente, ideais para um registro mais completo (uma pena).

Um close de uma das mesas de demonstração, empregadas na loja para exibição dos jogos produzidos pela Games Workshop e para partids introdutórias para novos adeptos. Esta é uma mesa do Warhammer 40.000.

A plataforma de aterrisagem sendo disputada por Space Marines do capítulo dos Dark Angels e por Chaos Space Marines.

Outra foto da mesa dedicada ao Warhammer 40.000. A mesa emprega o conteúdo da caixa introdutória “Dark Vengeance” e alguns kits de cenários produzidos pela companhia.

Outra das mesas de demonstração, esta apresenta o jogo Warhammer Fantasy (ou só Warhammer), com modelos da caixa básica “Islands of Blood” e conjunto de cenários adicional.

Alguns personagens do jogo Warhammer e algumas miniaturas de edição limitada do personagem White Dwarf (mascote da revista de mesmo nome publicada pela GW).
E acho que é isso por hoje pessoal. Espero que vocês tenham gostado do registro, assim como espero que este artigo tenha feito você se lembrar da primeira vez que visitou uma loja de hobby (ou ainda tenha visto os primeiros modelos pintados), e quão mágico esse primeiro momento é. Ainda que não seja o caso, espero ter contribuído para satisfazer a curiosidade de muita gente em saber como é uma loja da Games Workshop lá fora.
Como eu amo este hobby!
Como já mencionei o artigo de hoje é um rápido intervalo e em breve voltaremos com os últimos artigos sobre nossa estadia em Nottingham na série “Visiting Britain’s Lead Belt”. Nesse ínterim, se você ainda não os leu, clique os links para conferir os artigos sobre a Mantic Games e a Warlord Games.
Ah! E se você ainda não o fez, por favor, dê um like lá na página do blog no Facebook, e inscreva-se em nosso canal do Youtube (também pode dar um like no vídeo por lá!).
Até logo pessoal!
Nos meus tempos as lojas da GW eram maiores e tinham staff… de uns 5 anos pra cá eles estão focados nesse modelo de 1-man store que sinceramente não anima mais…
Pois é JM, também cheguei de pegar essa fase e é triste constatar hoje o “encolhimento” das lojas.
Hoje a absurda maioria das lojas GW são “one man stores” e abrem mais tarde e fecham mais cedo, consequência direta das ações do CEO Tom Kirby para cortar despesas que a meu ver impacta diretamente a experiência de ir até a loja.
Se você pega um dia mais cheio é atenção zero. Outra coisa triste de constatar é a padronização das lojas, mas abordo isso num próximo artigo aqui no blog!
Valeu o comentário brother.