Hello Reader.

 

This is the Portuguese version of the review article published here earlier today. Click the link to read the English version.

 

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Olá Leitor!

 

Depois do relatório de batalha (Battle Report) publicado aqui no blog no mês passado recebi algumas mensagens de leitores e amigos curiosos sobre a mesa em que jogamos a partida. Como essa pode ser uma dúvida compartilhada por alguns de vocês, resolvi aproveitar a oportunidade para fazer uma resenha aqui no blog dos gaming mats (“tapete de jogo” em uma tradução livre) produzidos pela GAMEMAT.EU.

 

Leitores do blog já sabem a importância que dou para uma mesa bem montada com belos cenários e o motivo não poderia ser mais simples: A meu ver, uma bela mesa adiciona muito à imersão no jogo e à narrativa da partida, tornando os jogos mais interessantes.

É justamente por esse motivo que nos eventos organizados pelo blog, o “Rumble in the Jungle” e o “Rumble in the Jungle II – A Missão!”, me esforcei para apresentar aos participantes mesas com temas e cenários variados, contudo, com o passar dos anos, um problema começou a me assombrar: A falta de espaço para guardar todos os cenários e, em especial, as mesas.

 

Com 1,20m X 1,80m as mesas para o Warhammer 40.000 costumam ocupar algum espaço quando armazenadas, mesmo quando divididas em pedaços menores (as mesas que faço costumam ser feitas em 6 peças de 60cm X 60cm justamente para facilitar a armazenagem) e mesmo as mesas para jogos em menor escala (como o Infinity, Kill Team e Mordheim, por exemplo) costumam ter 1,20m X 1,20m.

 

Foi assim que há algum tempo enquanto procurava uma solução para meus problemas de armazenagem acabei esbarrando em um produto relativamente novo na época, o “gaming mat” (“tapete de jogos” ou “tapete para jogos” em uma tradução livre). Feitos de borracha, em um material muito parecido com os mousepads os gaming mats apareceram primeiramente nos jogos de cartas colecionáveis (Magic the Gathering estou olhando pra você). Chamados de “playmats” eles são utilizados como uma superfície para os jogadores colocarem suas cartas durante as partidas sem danifica-las com o atrito direto da superfície de jogo e sem o perigo de que elas escorreguem durante a partida.

 

Os primeiros desses tapetes de borracha eram simples retângulos emborrachados com um tecido colado sobre ele, porém logo surgiram no mercado opções com ilustrações ricamente impressas e daí para os mats customizados feitos sob encomenda para cada jogador (ou ainda para lojas e torneios) foi um pulo.

 

No inicio ninguém ligava … esses eram os dias do Magic moleque onde se fumava e bebia na mesa e ninguém tinha medo de sujar as cartas.

 

Um playmat simples, nada mais que um mouse pad grandão.

 

O produto logo evoluiu para agradar os jogadores…

 

… dos mais exigentes e refinados…

 

… passando pelos engraçadinhos…

 

… e chegando aos discípulos de Onã. Não importa sua preferência, existe um playmat para você.

 

Assim não demorou para que alguém ter a idéia de imprimir um gaming mat com texturas e criar assim uma superfície de jogo que pudesse ser empregada por entusiastas dos mais diversos jogos de miniatura mundo afora, agora rebatizados de “battle mats” (tapetes de batalha em uma tradução livre).

 

A grande sacada desses novos battle mats era que ao invés de trazer uma mera ilustração,achatada e em duas dimensões, eles lançavam mão de um “falso 3D” que engana os olhos e funciona em substituição às mesas construídas por jogadores onde as texturas e estruturas modeladas são reais.

 

Os battle mats ofereceriam assim a solução ideal combinando uma bela superfície de jogo com a facilidade de armazenamento já que, ao final da partida, bastaria enrolá-lo e guardá-lo no fundo do armário, ou atrás de uma porta.

 

Para mim o único porém era que os primeiros battle mats que apareceram tendo os wargamers como público alvo eram feiosos, com uma impressão que, na época, deixava muito a desejar já que, ao menos para mim, parecia um pouco “borrada” nos detalhes, motivo pelo qual abandonei a idéia de adotá-los por um tempo.

 

Desde então passaram-se alguns anos e a qualidade da impressão pareceu melhorar assombrosamente, tanto que durante os preparativos para o Rumble II e diante da possibilidade de ter mais jogadores inscritos do que eu tinha mesas para acomodá-los, decidi procurar um battle mat que atendesse minhas expectativas e foi ai que encontrei os battle mats da GAMEMAT EU.

 

Baseada na República Tcheca a Gamemat EU produz uma grande variedade de tamanhos e estilos de mesa e o “Snow Storm” me pareceu a pedida exata para alguns cenários que tinha guardados aqui em casa o que me garantiria um “plano B” perfeito caso o Rumble II ultrapassasse a marca de 10 inscritos.

 

O evento acabou tendo somente oito jogadores inscritos, motivo pelo qual acabei não usando o battle mat no evento, mas ele acabou vendo uso em algumas partidas recentes e me surpreendeu de maneira tão positiva que achei que valia a pena resenhá-lo aqui no blog.

 

A primeira característica surpreendente é que mesmo guardado enrolado por meses em meu armário (e quase um mês aos cuidados do Correio), ao esticá-lo sobre a mesa ele não possuía nenhuma marca. Além disso o material emborrachado do qual o mat é feito adere muito bem à mesa e não se move durante a partida, criando uma superfície bastante estável para as miniaturas, porém, para mim, a grande surpresa foi a notável qualidade da impressão do mat.

 

Desenrolando o battle mat sobre a mesa.

 

 

O verso do battle mat mostrando a textura emborrachada que adere com firmeza à mesa.

 

Com diversos detalhes impressos em 3 dimensões como degraus, bueiros e neve, as texturas em nenhum momento parecem falsas, especialmente quando vistas durante a partida (a uma distância de cerca de 60cm) tanto que um amigo chegou a me mandar uma mensagem perguntando como eu havia feito a neve na mesa do meu último battle report (relatório de batalha).

 

Uma foto tirada bem de perto mostrando a incrível qualidade da impressão nos mats da Gamemat EU.

 

Outra foto mostrando mais detalhes.

 

O battle mat da Gamemat EU impressiona não só por todos os pontos positivos elencados acima, mas especialmente por quão realista e bonita a mesa ficou com a adição dos cenários e miniaturas durante a partida.

 

Aqui a mesa já preparada para uma partida com o battle mat e os cenários. Finalmente os cristais de gelo tem uma mesa para chamar de sua.

 

Uma foto da partida tema do battle report do mês passado, mostrando a mesa com modelos.

 

O mat “Snow Storm” tem essa avenida central com diversos pontos onde neve foi soprada sobre ela. A textura impressa é realente convincente.

 

Reparem nos detalhes do calçamento.

 

 

E o melhor de tudo é que esse realismo da mesa não funcionou só pro Warhammer 40.000. Sendo um fã de Star Wars me encantei recentemente com o jogo X-Wing Miniatures (que deve ganhar em breve uma resenha por aqui), porém me incomodava bastante jogar com as naves diretamente sobre a mesa, ou ainda sobre o forro de feltro verde que costumo usar (principalmente porque as bases das miniaturas ficam enganchando no feltro durante o movimento).

 

Uma partida de X-Wing em cima do pano verde.

 

Luke Skywalker em um ataque desmotivado por todo esse verde.

 

O ESPAÇO NÃO É VERDE!

 

Assim, quando vi que a Gamemat EU também tinha um battle mat para o jogo de naves de Star Wars decidi que era hora de dar um upgrade em minhas partidas de X-Wing Miniatures e como as fotos provam o visual de minhas partidas melhorou 100%, com o bônus inesperado de que as naves agora deslizam perfeitamente sobre a superficie de jogo ( o que vale frisar, funciona também para o 40K, onde frequentemente ao mover uma miniatura pela mesa, ela enganchava em alguma textura e caia lascando a tinta).

 

UAU! Que diferença. É assustador o que o battle mat fez pelo X-Wing.

 

Uma foto em close ilustrando como os detalhes são nítidos.

 

Outro close-up.

 

Olhando pra isso posso escutar o “pew, pew, pew”.

 

INCRÍVEL a nitidez e detalhes dessa impressão.

 

Uma foto com elementos do jogo para exemplificar uma vez mais quão boa é a impressão.

 

O verso em borracha do battle mat. Ambos possuem o mesmo acabamento e aderem muito bem na mesa.

 

Mais uma foto, mostrando a impressão BEM de perto, ilustrando a qualidade da impressão. Surpreendente.

 

No fim das contas eu não poderia estar mais satisfeito com o battle mat da Gamemat EU como uma solução bastante prática para mim enquanto wargamer, oferecendo o melhor de dois mundos no que diz respeito à beleza dos campos de batalha e a armazenagem do battle mat, e acho que ele representa um excelente investimento para quem quer deixar os campos de batalha de seus jogos mais atraentes sem ter de investir tempo significativo modelando-os e pintando, motivo pelo qual acho que posso recomendar aos leitores aqui do blog os battle mats da Gamemat EU.

 

Devo dizer ainda que os battle mats são a solução ideal para clubes e outros jogadores que organizam torneios e eventos pelo Brasil, economizando muita dor de cabeça na armazenagem, transporte e no final do evento quando sobra pra você desmontar tudo e levar de volta para casa.

 

E acho que é isso por hoje, obrigado e mais em breve.

Comments
  1. Caio Viana says:

    Adorei a matéria. Fiquei super afim de pedir um desses.

    • Gereth says:

      Ei Caio!

      Obrigado pelo comentário cara! Eu não poderia recomendar mais esses battle mats. A praticidade por si só já seria um tremendo ponto positivo, mas a qualidade visual deles é arrebatadora!

      Satisfeito por você ter curtido o artigo.

      Grande abraço.

  2. Daniel Fonseca de Medeiros says:

    E os valores? E, a pior parte br, as taxas?

    • Gereth says:

      Oi Daniel!

      Obrigado pela visita e pelo comentário.

      Cara, se você reparar eu não costumo abordar valores nos artigos de resenha, mas o link para a empresa permite conferir o valor de cada um dos battle mats.

      O custo final acabou sendo o valor do mat + postagem + imposto de 60%. Infelizmente eles fazem parte do custo e devem sim ser levados em consideração. A postagem também não foi barata em razão do peso (mas ainda assim mais barato do que qualquer pacote vindo dos EUA para cá).

      Somando tudo isso ficou sim um pouco mais caro do que fazer a mesa em MDF (como eu normalmente fazia), contudo acredito que os pontos positivos mencionados no artigo compensem essa diferença.

      Grande abraço cara!

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